Pará, G1

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Destaques na COP de Dubai, experiências de Paragominas, interior do Pará, alavancam produção agrícola e tiram a cidade da lista de maiores desmatadores florestais para torná-la vanguarda da economia verde. Projetos carbono neutro aumentam produtividade do agronegócio do Pará
O debate sobre a crise climática mobiliza nações do mundo todo. No centro do debate, a busca por soluções que equalizem o desenvolvimento econômico à necessidade urgente de reduzir a emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa. No Dia da Terra, nesta segunda-feira (22), o g1 traz experiências de vanguarda na Amazônia a partir do uso de tecnologia de carbono neutro que aumentaram a produtividade do agronegócio, tornaram áreas devastadas aptas à produção e apostam na agricultura familiar para garantir a diversidade de alimentos e combater o êxodo rural ao criar oportunidades de emprego e renda no campo.
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De líder em desmatamento à economia verde
Plantio de mandioca em roça comunitária de agricultura familiar em Paragominas.
Reprodução
Destaque na COP 28, em Dubai, as conquistas de Paragominas, cidade de pouco mais de 100 mil habitantes localizada no sudeste do Pará, distante 300 quilômetros de Belém, ilustram uma mudança de matriz econômica e de realidade ambiental.
Há 15 anos, a região é a principal experiência do Brasil na redução de emissão de gases de Efeito Estufa (GEES) atrelada ao progresso financeiro, e lançou em 2023 a nova etapa dessa trajetória: o programa Paragoclima, que prevê alcançar a neutralidade de carbono no município até 2030.
Essa história começa em 2008, quando a cidade entrava para a lista de maiores desmatadores da Amazônia, sobretudo por práticas ilegais, como as carvoarias que tornavam a paisagem um deserto de fumaça e floresta queimada. Com isso, produtores rurais ficaram sem acesso a linhas de crédito.
Foi então que Paragominas criou seu primeiro pacto pelo meio ambiente, em busca do desmatamento ilegal zero e pela legalização da produção. O projeto Município Verde, em menos de um ano de ações, reduziu o desmatamento em 45%, e no segundo ano tirou o município dos embargos causados pela depredação ambiental, e iniciou uma nova fase na economia da cidade, baseada na recuperação de áreas degradadas e no estímulo à agropecuária sustentável. Em 2010, a cidade recebeu o Prêmio Chico Mendes de Meio Ambiente.
O plano de Paragominas, que revolucionou a reputação da região, previu campanhas ambientais, parcerias com ONGs, monitoramento por satélite do desmatamento, cadastro das propriedades rurais e a assinatura de um grande pacto contra o desmatamento em que mais de 30 entidades civis e o setor público se comprometiam a preservar a floresta da região.
“O que Paragominas fez no fim da década de 2010 deixou claro que, com vontade política e envolvimento da sociedade civil, o País tem como reverter seu maior problema ambiental – a emissão de gases decorrente do desmatamento”, diz Amanda Purger, secretária municipal de Meio Ambiente.
Amanda Purger fala das políticas de carbono neutro implementadas em Paragominas durante a COP no Emirados Árabes.
Divulgação
Clima como oportunidade de negócio
A nova etapa do município se dá no momento em que o mundo debate mudanças climáticas e se volta aos cuidados com a Amazônia, sede da COP em 2025. Lançado em maio de 2023, o Paragoclima tem como principal meta a neutralidade das emissões de carbono e desmatamento ilegal zero a ser alcançado até 2030.
A iniciativa, da prefeitura Municipal de Paragominas em parceria com o Cirad, é um pacto firmado em maio de 2023 com toda sociedade local: órgãos públicos e privados, sociedade civil, representantes de governos estaduais e federais.
“Paragoclima é uma política climática vanguardista realizada na Amazônia e que não existe em nenhum outro município do Brasil. A ideia é nos adequarmos às boas práticas para que nos tornemos cada vez mais um mercado na Amazônia atrativo para investidores nacionais e internacionai”, diz Amanda Purger.
Joel Soares, agricultor da comunidade Faixa 3, assentamento CAIP.
Reprodução
Por meio de tecnologias desenvolvidas pelo programa Terramaz, integrante do Paragoclima, é possível reduzir emissão e sequestrar carbono, e também aumentar a produtividade do agronegócio com técnicas de baixa necessidade de manutenção, aumentando a renda do produtor, e diminuindo o esforço do trabalho, o tornando menos penoso.
A neutralidade de carbono é reduzir tudo que emite e potencializar tudo que faz o sequestro deste gás, que é responsável pelo aumento do efeito estufa – o principal vilão do aquecimento global. E a agropecuária é o setor com maior potencial para alcançar essa neutralidade, considerando ainda que na Amazônia, especialmente em Paragominas, essas práticas são mais eficientes que em outras regiões do mundo porque há muita radiação solar e muita umidade geométrica, recursos essenciais para sequestrar carbono.
Pesquisador francês René Poccard Chapuis, coordenador do Terramaz/ Paragoclima.
Divulgação
“Tudo isso garante vantagens comparativas para o desenvolvimento agropecuário de baixo carbono na região: uma meta que pode parecer ambientalista, mas que é principalmente desenvolvimentista ao combinar progresso ambiental e progresso econômico a partir de práticas simples e eficientes, sem precisar de empréstimos bancários ou equipamentos caros para isso”, diz o pesquisador francês René Poccard Chapuis, coordenador do Terramaz, que integra o programa Paragoclima.
Roça sem fogo e agricultura florestal
Atualmente, são beneficiadas pelas ações diretas do programa 12 comunidades rurais, destas, quatro são aldeias Tembé, representando cerca de 430 famílias e 540 hectares manejados em áreas de assentados, sojeiros, indígenas e agricultores. Já em 33 fazendas de médio e grande porte, foram realizadas avaliações de desempenho ambiental.
Iahú Tembé, cacique da aldeia Piahú.
Divulgação
Nas primeiras etapas de preparo da terra, são disponibilizados pelas Secretarias de Meio Ambiental e de Agricultura tratores e retroescavadeiras, além de profissionais especializados para operá-los. Os agricultores também recebem consultorias para ampliar a produção e reativar áreas devastadas e inférteis, mostrando que não é preciso desmatar novas áreas para produzir, e sim manejar de forma eficiente as terras degradadas. O programa, que vem mudando o modo de desenvolvimento da agropecuária na região, conta com ciência e pesquisa aplicada por parceiros como Emater, Embrapa e Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra).
“A gente trabalha na melhoria da capacidade produtiva da Agricultura Familiar, que corresponde a 80% dos estabelecimentos agropecuários da região. O programa promove sistemas agroflorestais que são sistemas integrados de produção, e alinhados com a bioeconomia, gerando renda de forma consonante com a conservação da natureza”, diz Gabriel Resque, professor da Ufra, na área de Desenvolvimento Rural e Sustentabilidade de Agroecossistemas, doutor em Agroecologia pela AgroParisTech, na França.
Edileusa Soares, agricultora da comunidade Glebinha.
Divulgação
Nos últimos dois anos, o foco foi implantar o programa “Roças sem fogo”, mudando a cultura local de atear fogo na área para “limpá-la” antes do plantio, prática com alto grau de risco de culminar em incêndio florestal, devido às altas temperaturas da região. Em 2025, a nova etapa prevê a plantação de árvores ao redor das áreas de plantio para que elas atuem como quebra-vento, dêem sombra ao agricultor, dando conforto térmico, além de sequestrar carbono.
“O Paragoclima atualiza as metas e métodos do Município Verde, e está muito atrelado a esse contexto atual que a gente vive na Amazônia, voltado à sociobiodiversidade, que é um debate que vem se intensificando muito, sobretudo pela COP 30”, destaca Resque, que desenvolve projetos de agroecologia em diversos países da América Latina.
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