Brasil, Revista Música Brasileira

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    Isto, sim, foi “inside information”: aquele “céu e mar” de novidade já levado ao disco por Johnny Alf quando ele, ao vivo, o repassou ao enlevo de tantos quantos, no minúsculo bar do Hotel Plaza, em 1954, o viram tocar. Uma informação musical antecipadora da bossa que adviria por obra e graça de, entre outros, alguns de seus espectadores – como Tom Jobim, João Donato, Carlos Lyra, Roberto Menescal e Luiz Carlos Vinhas – nesse memorável ponto do Leme. O mesmo Leme “capital da madrugada”, no Rio, onde o “cult” Alf, um rapaz de bem com o piano e a inspiração, ainda tocaria, como na boate Mandarim (revezando-se com Newton Mendonça) e numa recém-inaugurada Drink (do colega de teclado Djalma Ferreira), embora em outras, mais distantes, como a Stud (revezando-se com Ribamar), no Posto 6, e a Monte Carlo (de Carlos Machado e levado por Fafá Lemos)), nos altos da Gávea, também formasse a sua crescente “multidinha” de apreciadores. Um périplo de luas e luas que Johnny começara quando, em 1952, por sugestão de Dick Farney, foi contratado para animar a incipiente Cantina do César, de famoso apresentador da Rádio Nacional, e teria continuidade, três anos depois, na capital paulista (onde passaria a residir), por mais casas noturnas, a partir de outra incipiente, a Baiuca.
Ainda bem que, certa vez, nos anos 70, desapontando José Ramos Tinhorão – em texto que este escreveu, no “Jornal do Brasil”, sobre disco então lançado pelo músico -, José Alfredo da Silva não deixou de ser Johnny Alf. Fosse mais um “sambista de raiz” e não teria marcado, como marcou, o seu trânsito pela MPB de modo inusitado, como um inovador “cool” (admirador, em particular, de Nat King Cole e seu trio), dado a melodia sinuosa e harmonia avançada, aprumada no jazz e com influência da música clássica – como em “Seu Chopin, Desculpe”, em que incluiu uma frase da “Valsa do Minuto”, desse ilustre “parceiro” polonês. Foi, aliás, pela via erudita que, na infância, um pequeno grande Johnny – filho de empregada doméstica em serviço na Tijuca – começava a plasmar-se para a distinção, ainda aprendiz nas aulas da professora Geni Borges (custeadas pela patroa da mãe dele), um interesse mais adiante transferido, sobretudo, para os “musts” com que George Gershwin e Cole Porter, por exemplo, se consagraram no cinema norte-americano.
A anglofilia, “lato sensu”, nele visada pelo supracitado crítico de MPB – um estudioso de obra alentada e de valor inegável -, também teve lastro no convívio de Johnny (que deu duro em escritório de contabilidade) com amigos feitos no Ibeu (Instituto Brasil-Estados Unidos), onde seu nome artístico surgiria – ele também integrante do Sinatra-Farney Fã-Clube, criado por idólatras de Frank e Dick (que, então, em fins dos anos 40, chegava de prolongada estada nos States, onde teria lançado “Tenderly”). Pouco antes de, num hospital de Santo André (aos 80 anos, em 2010), a sua tão cantada brisa o deixar com a dor de ser tão só, sem mais a “ilusão à toa” do existir, Johnny, respondendo a repórter de jornal sobre a originalidade da sua criação, disse, apontando para o peito: “Veio daqui de dentro”. Era a tal “informação privilegiada” que daria pano pra mangas de estilo e que, “mineiramente” – como era do seu feitio -, apesar de carioca da Vila de Noel, sabia estar com ele desde sempre. Uma filosofia musical em que ele já morava – ou melhor, já morava nele.

   https://www.youtube.com/watch?v=baVjnwNS44k (“Coisas do Carnaval”)

     https://www.youtube.com/watch?v=RYbn1skdE94 (“Samba de Retorno”)

    https://www.youtube.com/watch?v=ek-fox9b31I (“Céu e Mar”)

    https://www.youtube.com/watch?v=VN1p0uvQEP0 (“Se Eu Te Disser”)

    https://www.youtube.com/watch?v=PyM41t4ag_U (“Fim de Semana em Eldorado”)

https://www.youtube.com/watch?v=Jc9T0Li4eAc (“Leme”)      

! Pós-escrito: a) Johnny Alf teria completado 94 anos em 19 de maio último. Indo e vindo na onda dele como compositor e/ou cantor, ouvem-se, acima, nos “links”: “Coisas do Carnaval”, de Ary Barroso; “Samba de Retorno”; “Céu e Mar”, com a curitibana Karyme Hass; “Se Eu Te Disser”; “Fim de Semana em Eldorado”; “Leme”, de Roberto Nascimento, Victor Freire e Armando Cavalcanti; b) foto: amajazz.com.br  

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