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Samuel Barata — o controlador da DPSP, a segunda maior rede de farmácias do Brasil — morreu ontem no Rio de Janeiro. Ele tinha 93 anos.

As causas da morte não estão claras, mas Samuel vinha lutando há alguns anos contra uma doença renal. Ele deixa quatro filhos, oito netos e 12 bisnetos. A cremação aconteceu na tarde de hoje. 

Samuel levou uma vida opaca: nenhuma foto sua está disponível na internet. Seu irmão, Jacob Barata, conhecido como o “Rei dos Ônibus” do Rio, morreu seis meses atrás. 

Samuel comprou a Drogaria Pacheco em 1974, quando ela tinha poucas lojas, e a transformou numa gigante do setor. Em 2011, fundiu sua empresa com a Drogaria São Paulo, criando a DPSP, numa das maiores transações do setor.

A DPSP hoje tem mais de 1.530 lojas e faturou R$ 14,8 bilhões no ano passado, com um EBITDA de R$ 1,3 bilhão e um lucro líquido de R$ 76 milhões. 

“O Samuel foi um dos expoentes da história do varejo farmacêutico,” Eugênio de Zagottis, um dos acionistas de referência da Raia Drogasil, disse ao Brazil Journal. “Era um cara muito racional, frio e centrado, que não se deixava levar pelas emoções.”

Zagottis lembra de uma anedota que segundo ele resume bem a personalidade do empresário.

No início dos anos 2000, quando a Raia estava entrando no Rio de Janeiro, houve um leilão judicial de uma farmácia icônica do Rio, a Piauí, que ficava no coração do Leblon. 

“No leilão estava meu tio, o Samuel e uma outra rede local, a Descontão, que depois acabou sendo vendida para a Pacheco,” disse Eugênio. “Foi um leilão simbólico porque era o rei do Rio de um lado e uma empresa paulista do outro, querendo ganhar mercado no território dele. Mas o Samuel não se deixou levar pela vaidade. Ele tinha o preço dele, que ele achava que era o justo, e quando passou 1 centavo do valor ele saiu do leilão. E ele saiu com muita elegância, parabenizando meu tio.”

Samuel entrou no varejo meio por acaso. Nos anos 70, ele era dono de uma grande distribuidora de medicamentos do Rio, a Jamyr Vasconcellos, e assumiu a Pacheco por conta de dívidas que ela tinha com sua empresa. 

Começou a expandir gradualmente a companhia e a transformou na líder absoluta do Rio depois de uma briga sangrenta com a Popular, outra rede forte na cidade.

“O Décio, da Popular, era o oposto do Samuel. Era um cara explosivo, estourado, e foi ele quem provocou essa guerra,” disse um executivo do setor. 

“Mas o Samuel acabou ganhando, e a Popular quebrou. A Pacheco se tornou a líder inconteste do Rio de Janeiro, chegando a operar quase sem competição na cidade em dado momento.” 

No início dos anos 2000, a Pacheco também chegou a ser a líder do setor no Brasil, aproveitando-se de um momento em que a Drogaria São Paulo estagnou. 

A fusão da Pacheco com a Drogaria São Paulo consolidou a posição da rede no varejo farmacêutico — e veio junto com outro M&A emblemático do setor, a união da Raia com a Drogasil.

As duas redes anunciaram sua fusão em 3 de agosto de 2011. A Pacheco e a Drogaria São Paulo, em 30 de agosto do mesmo ano. 

A fusão uniu Samuel com a família Carvalho, com quem ele já tinha uma relação há mais de 30 anos. Na época da transação, foi reportado que Samuel ficou com 51% da nova empresa e os Carvalho com 49% — mas um acordo de acionistas deu direitos iguais às famílias por 20 anos.

Hoje, a família Barata tem 54% do capital e os Carvalho, 38%, com o saldo nas mãos de alguns acionistas minoritários. 

Na fusão, foi Samuel quem assumiu a presidência do conselho da empresa, onde ficou praticamente até o fim da vida. Ele começou a sair do dia a dia há cerca de um ano e meio, sendo substituído como chairman por Ronaldo Carvalho, o filho do fundador da Drogaria São Paulo. 

Há dois membros da família Barata no board hoje: Bruno, o neto de Samuel, e Helena, uma de suas filhas. 

Sammy Birmarcker — o CEO da rede D1000, que conviveu com Samuel por conta de uma amizade que seu pai tinha com ele — diz que o empresário era uma pessoa extremamente simples e humilde.

“Se você esbarrasse com ele na rua, a última coisa que ia imaginar é que ele era dono de um império. Era um cara que se vestia simples, andava num carro popular e era extremamente educado e respeitoso.”

Sammy lembra de um fato curioso — que reforça essa percepção. 

“Há cerca de um ano, estávamos olhando pontos em Macaé e vimos um imóvel que tinha uma plaquinha de aluguel escrita: ligar para o Samuel,” disse ele. “Falamos na hora: ‘só falta ser o seu Samuel Barata’. Quando ligamos, era realmente ele do outro lado da linha.”

Sérgio Mena Barreto, o presidente da Associação Brasileira de Farmácias (Abrafarma), disse que Samuel foi um dos primeiros com a visão de quebrar as barreiras regionais, saindo do Rio e expandindo Brasil afora. 

“Ele também teve a capacidade de abrir mão do ego para se juntar com a Drogaria São Paulo e criar algo maior,” disse Mena Barreto. “A Raia e a Drogasil era uma fusão mais fácil porque as duas já eram redes mais profissionalizadas. O casamento improvável era o da Pacheco e da Drogaria São Paulo, porque eram dois grandes ícones do setor que toparam abrir mão do ego, juntar forças e subir de patamar.”

A morte de Samuel levanta dúvidas sobre o futuro estratégico da DPSP, que já chegou perto de ser vendida duas vezes no passado recente. 

Em 2014, a CVS fez uma oferta pela DPSP, mas acabou não indo para frente. Em 2017, a Femsa também chegou perto de adquirir a companhia, mas a negociação esfriou por discordâncias relativas ao preço. 

Dos acionistas, Samuel sempre foi o mais avesso à venda da companhia, enquanto os Carvalho sempre estiveram mais abertos a uma transação. 

Além de seu negócio no varejo, Samuel também deixa a seus herdeiros um dos maiores portfólios imobiliários do Rio de Janeiro, e uma fortuna estimada pela Forbes em mais de US$ 1,4 bilhão.









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