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O JP Morgan atualizou suas perspectivas para o setor de educação e decidiu elevar Cogna de ‘neutro’ para ‘compra’.
Com a decisão, os analistas Marcelo Santos e Jessica Mehler estão com recomendação de compra para todo o setor – com exceção de um ‘neutro’ para a Afya, que o banco enxerga negociando a um valor justo.
“O pior já parece ter passado para o setor. Todas as empresas cobertas devem registrar geração de caixa em 2024 (yield entre 6% e 12%) e as empresas devem crescer a taxas de um dígito médio a alto nos próximos anos, enquanto os lucros também aumentam,” escreveram.
Segundo o banco, as ações sob cobertura estão sendo negociandos a um P/E de 6,7x para 2024 e 4,65x para 2025 – valores muito descontados na visão do JP Morgan.
No caso de Cogna, o JP Morgan estima uma geração de caixa 3,5x maior em 2024, de R$ 240 milhões.
Isso deve continuar impactando positivamente a desalavancagem da empresa – que caiu de 3,2x em 2022 para 2,5x no ano passado. O JP Morgan acredita que a relação dívida líquida/EBITDA pode cair 1,9x em 2024.
Além disso, na visão dos analistas, a captação do primeiro semestre de 2024 da Cogna deve vir melhor que a dos pares.
“A Cogna espera um crescimento de dígito baixo em presencial e EAD, embora mais forte no EAD, enquanto a Yduqs deve crescer de 15% a 25% no presencial, mas deve ter um digital mais fraco com uma queda entre 4% e uma alta de 1%,” escreveram os analistas.
A Ser deve ter estabilidade na captação, e a Vitru, alta de dígito baixo, segundo os analistas.
O JP Morgan não definiu um preço alvo para a Cogna, mas fez uma análise de sensibilidade e sugeriu um valor justo entre R$ 2,80 e R$ 4,40 por ação – em cenários que excluem ou levam em conta os 68% da Vasta que a Cogna detém.
A ação da Cogna abriu o dia em alta de 7%, a R$ 2,14. A empresa vale R$ 4 bilhões na B3.
Apesar do ‘buy’ em Cogna, o JP Morgan ainda coloca a Anima como sua top pick do setor e aumentou o preço-alvo de R$ 7,50 para R$ 8, um upside de 139%, especialmente por uma estimativa de EBITDA maior para os próximos anos.
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Braziljournal
